A estética abordada revela a arte por de trás do feminino, suas mutações, simbologias e encantamentos, uma forma de expressão única, cores e sombras usadas para mostrarem a ousadia da mulher durante todos esses anos.
Uma mulher em posição fetal, nascendo e renascendo, entrelaçada por seus cabelos que dançam no vento, com um fundo em formato de terra, representando a frase que é descrita no livro - a frase em questão consta na folha de guarda. A concha como forma de um nascimento rico de valores, profundo, mas que vem a ser roubado da sua proteção; da mesma forma que a liberdade feminina durante toda sua vivência. A terra como representação simbólica do chão que é a mulher na sociedade. O coração pulsante, a força de cada ser humano, o que mantém a engrenagem viva. O quadril - que posteriormente acabou não sendo usado-, que lembra um útero também, uma das ligações com o feminino. Lua e estrelas representando as fases de todas as mulheres que foram lembradas no livro. Um busto nu -mas sem face, que não tem medo de ferir ou ferir-se, puro em sua pele, assim como uma mulher que entende seu corpo e a si mesmo, fazendo isso de força. Uma rosa que tem beleza, assim como espinhos, que tem pétalas macias e delicadas, mas também espinhos pontiagudos. A mulher forte que se opõe à quem olha para ela, abre sua fragilidade, mostra o seu ser, mas ainda se mantém firme e com olhar impenetrável. Uma espada para enfrentar as lutas que surgem, que sempre surgirão, a agressividade que muitos acham cortante, mas que se faz necessária para a sobrevivência. A mão que mostra o quanto maleável tudo pode ser e é; as ações e todos movimentos possíveis que a coragem e a inteligência proporcionam e os caminhos que se abrem.
